O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, por meio de sua rede social Truth Social, que realizará uma “grande coletiva de imprensa” na manhã desta quinta-feira (8), no Salão Oval, para detalhar um acordo comercial significativo com representantes de um “país grande e altamente respeitado“.
A declaração gerou grande expectativa nos mercados globais, em meio a especulações sobre qual nação seria a parceira nesse acordo. Embora Trump não tenha revelado qual país estava envolvido em sua publicação, fontes internas do governo dos Estados Unidos, citadas pela CNN, indicam que o Reino Unido é o candidato mais provável a ser o parceiro nesse acordo.
Essa informação intensificou as discussões sobre um possível alívio das tarifas historicamente elevadas, que têm gerado preocupações sobre danos às economias dos EUA e do mundo.

Expectativa do acordo
O principal assessor comercial de Trump, Peter Navarro, já havia sinalizado a possibilidade de um acordo com o Reino Unido em declarações à CNN na terça-feira (6). “Não sei se será o Reino Unido ou a Índia primeiro… mas posso garantir ao povo americano que haverá acordos, e serão acordos muito bons para o povo americano“, afirmou Navarro.
O Financial Times também noticiou que um acordo comercial com o Reino Unido poderia ser assinado esta semana, com potencial para isentar os Estados Unidos de algumas barreiras comerciais não tarifárias, incluindo o imposto de 2% sobre serviços digitais cobrado pelo Reino Unido de empresas de tecnologia americanas.
Em contrapartida, os Estados Unidos podem reduzir ou até eliminar as tarifas alfandegárias aplicadas ao Reino Unido, como as de 25% sobre alumínio, aço e automóveis.
As implicações do acordo
O anúncio de Trump ocorre em um momento em que as tensões comerciais globais ainda se fazem presentes. O presidente americano tem argumentado que os Estados Unidos foram “roubados” por outros países durante anos e, por isso, o “tarifaço” seria uma forma de reequilibrar o comércio.
Apesar das especulações sobre um acordo iminente, Trump tem afirmado que não tem pressa em finalizar os acordos, enfatizando que os países estão ansiosos para negociar com os Estados Unidos.