Desde a saída de Elon Musk do governo Trump como líder do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), em maio, a relação dos ex-parceiros políticos se mostrou abalada.
Tudo começou quando o bilionário criticou duramente um projeto de lei republicando e algumas tarifas econômicas propostas por Trump. O CEO da Tesla chamou o projeto de “abominação repugnante”, pois, de acordo com projeções, aumentará significativamente o déficit do país. Trump e Musk não conversam desde então.
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Durante um evento na manhã desta quinta (5), Trump afirmou estar “muito decepcionado” com Musk, após o empresário criticar o chamado “Grande e Belo Projeto de Lei”.
“Ele [Musk] conhecia todos os aspectos deste projeto de lei… nunca teve um problema até logo depois de sair”, disse Trump a jornalistas. “Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento. Não sei se continuaremos tendo.”
Acusações, corte de subsídios e pedido de impeachment
Após Trump se defender, o bilionário respondeu com uma série de publicações em sua plataforma X (antigo Twitter), nas quais negou ter conhecimento prévio detalhado do projeto.
Em tom mais agressivo, o CEO da Tesla chegou a sugerir que Trump estaria “nos arquivos de Epstein”, insinuando envolvimento em escândalos sexuais.
Musk ainda foi além: questionou seus seguidores sobre a possibilidade de fundar um novo partido político e ameaçou desativar a espaçonave Dragon da SpaceX, usada pela Nasa.
Trump reage com ameaças a contratos e acusações
Em resposta, Trump sugeriu o fim dos contratos e subsídios governamentais para as empresas de Musk como forma de reduzir os gastos públicos. “A maneira mais fácil de economizar dinheiro é encerrar os contratos com Elon”, escreveu no Truth Social, sua rede social.

“O jeito mais fácil de economizar dinheiro no nosso orçamento, bilhões e bilhões de dólares, é encerrar os contratos governamentais do Elon. Me surpreende Biden não ter feito isso.”
O presidente dos EUA afirmou ainda que Musk “enlouqueceu” após ser solicitado a deixar o governo e minimizou o impacto das críticas, dizendo que “não se importa” com a virada de posição do empresário.
Fim de uma aliança
A aliança entre Trump e Musk, que já rendeu encontros na Casa Branca e colaboração governamental, agora parece ter chegado a um ponto sem retorno. A disputa ocorre em meio a um cenário político polarizado e com as eleições presidenciais de 2024 no horizonte, o que pode ampliar ainda mais os impactos desse rompimento no cenário republicano e no setor de tecnologia.