O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu reabrir a investigação contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, em razão de novas evidências apresentadas pela Polícia Federal. O caso envolve suspeitas de manipulação de resultado durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023, possivelmente para favorecer apostas vinculadas a parentes do atleta.
Nova fase do inquérito
Nesta segunda-feira (6), o STJD recebeu documentação da Polícia Federal que reacende as suspeitas sobre a conduta de Bruno Henrique. Segundo apuração da imprensa, o tribunal vai designar um auditor, escolhido pelo presidente Luiz Otávio Veríssimo Teixeira, para conduzir o inquérito. A apuração gira em torno de uma possível infração ao artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de ações que possam comprometer a integridade esportiva. As penalidades previstas podem chegar a até dois anos de suspensão das atividades esportivas.
O foco da investigação são indícios de que o atacante teria, de forma proposital, provocado um cartão amarelo durante partida contra o Santos, com o objetivo de beneficiar apostas realizadas por membros de sua família. Em conversas interceptadas, Bruno Henrique e seu irmão teriam discutido sobre o lance específico que originou o cartão. O jogador deve ser autuado por “manipular o resultado e prejudicar sua equipe” no artigo 243, parágrafo 1º do CBJD.

O caso já havia sido arquivado anteriormente por falta de provas conclusivas. Naquela ocasião, o STJD avaliou que os ganhos financeiros com as apostas eram irrelevantes e que não havia indícios de envolvimento direto do atleta em qualquer irregularidade.
Caso arquivado
O caso gira em torno de uma investigação da Polícia Federal que aponta o possível envolvimento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, em um esquema de manipulação de resultados com fins de beneficiar apostas esportivas. Segundo o inquérito, o jogador teria forçado um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, em 2023, para atender a apostas feitas por seu irmão e outros familiares.
Conversas obtidas pela PF indicam que houve uma troca de mensagens em que o jogador e o irmão comentam sobre a aplicação do cartão, levantando suspeitas sobre a intencionalidade do ato. O valor apostado teria gerado lucro baixo, o que anteriormente levou o STJD a arquivar o caso por falta de provas contundentes. No entanto, com o envio de novas evidências, o tribunal decidiu reabrir a apuração.
Consequências e próximos passos
Além do inquérito desportivo, o caso também pode ter repercussões na esfera penal. A manipulação de resultados está prevista na Lei Geral do Esporte como crime contra a incerteza do resultado esportivo, com pena que pode variar de dois a seis anos de prisão.
O processo corre sob sigilo judicial, e novos desdobramentos devem ocorrer conforme o andamento das apurações.