Após um hiato de 25 anos, São Paulo voltará a sediar uma competição profissional feminina de tênis. Marcado para os dias 6 a 14 de setembro de 2025, o SP Open 2025, que integra a categoria WTA 250, acontecerá no Parque Villa-Lobos, localizado na zona oeste da cidade. O evento será disputado em quadra dura e reunirá 32 atletas na chave principal de simples, além de 24 jogadoras no qualifying e 16 duplas.
A organização do torneio está a cargo da IMM, também responsável pelo Rio Open, consolidado como o maior campeonato de tênis da América do Sul. Este será o primeiro torneio WTA 250 sediado no Brasil desde 2016, quando ocorreu a última edição do evento em Florianópolis.
Retorno marcante do tênis feminino à capital paulista
Desde 2000, ano em que foi realizada a última edição de um torneio da WTA em São Paulo, a cidade não sediava uma competição desse nível no circuito feminino de tênis. O retorno do SP Open 2025 representa uma reaproximação com o cenário internacional da modalidade e uma vitória para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Durante muitos anos, o país teve participação tímida no circuito feminino, o que afastou investimentos e torneios de prestígio.
Com o destaque recente de atletas como Beatriz Haddad Maia, número 1 do Brasil e integrante do Top 20 mundial, o panorama mudou. O tênis feminino brasileiro vive um momento de renovação e crescimento, com mais visibilidade, apoio de patrocinadores e maior espaço na mídia. Especialistas apontam que a presença de jogadoras em ascensão torna o Brasil mais atrativo para entidades como a WTA e para os organizadores de competições.
A escolha do Parque Villa-Lobos como local do evento também se justifica pela sua facilidade de acesso, infraestrutura adequada e potencial para atrair tanto o público habitual quanto novos entusiastas de grandes eventos esportivos.
Nova geração impulsiona o crescimento do tênis feminino no Brasil
A reinserção de São Paulo no calendário mundial do tênis feminino é considerada estratégica para o fortalecimento da modalidade em solo brasileiro. De acordo com os organizadores, o SP Open 2025 pode representar um ponto de virada, tanto pelo impacto esportivo quanto pelo seu valor simbólico, servindo de inspiração para futuras gerações.
O bom desempenho de Beatriz Haddad Maia no circuito internacional, aliado ao surgimento de jovens talentos como Vitória Barros, Nauhany Silva e Pietra Rivoli, reforça a percepção de que o país está construindo uma base sólida. A realização de um torneio WTA em casa proporciona às atletas brasileiras uma oportunidade concreta de competir em alto nível diante do próprio público, ganhar experiência e somar pontos no ranking.

Autoridades locais enxergam o evento como uma ferramenta de promoção esportiva e estímulo à formação de novos atletas. Além disso, espera-se que o torneio gere benefícios econômicos para a cidade com o aumento no turismo.
Brasil e o circuito WTA: trajetória de desafios e novas perspectivas
A trajetória do Brasil na WTA é marcada por períodos de participação instável. Após algumas edições nos anos 1990 e início dos anos 2000 em São Paulo, outras cidades como Florianópolis e Brasília tentaram manter o país no calendário, mas enfrentaram dificuldades como infraestrutura inadequada, questões econômicas e baixo retorno comercial.
Nos últimos tempos, no entanto, o cenário começou a mudar. O sucesso do Rio Open entre os homens e os feitos históricos de Beatriz Haddad Maia — como sua semifinal inédita em Roland Garros em 2023 — reacenderam o interesse pelo tênis feminino nacional.

Com o retorno de um torneio WTA à capital paulista, abre-se uma nova fase. Caso o SP Open 2025 alcance êxito, pode se firmar como peça-chave para o fortalecimento da modalidade e consolidar o Brasil como uma parada relevante no circuito mundial.