Senado aprova novas regras para publicidade de apostas

Proposta aprovada no Senado busca limitar a divulgação de apostas e proteger o público mais jovem e indivíduos vulneráveis ao vício
Neymar sentado com um celular na mão escrito Blaze
Senado aprova novas regras para publicidade de apostas. Reprodução/Instagram/@jogueblaze

O Senado brasileiro aprovou um projeto de lei que impõe novas regras para a publicidade de apostas online, popularmente conhecidas como “bets”, nesta quarta-feira (28).

A proposta, agora encaminhada para a análise da Câmara dos Deputados, tem como objetivo principal limitar a intensa divulgação dessas apostas, visando proteger, sobretudo, o público mais jovem e os indivíduos vulneráveis ao vício em jogos.

Entre as medidas aprovadas pelos senadores, está a proibição da participação de atletas em atividade, artistas e influenciadores digitais em campanhas publicitárias das casas de apostas. Essa restrição visa coibir a associação direta entre figuras públicas de grande alcance e a atividade de apostas, diminuindo seu apelo, especialmente entre os mais novos. 

Novas restrições para publicidade de apostas. (Vídeo: reprodução/YouTube/Senado Federal)

Senado aprova restrições de horário

Além da proibição de personalidades em anúncios, o projeto de lei estabelece limitações quanto aos horários de veiculação das propagandas. Na televisão e nas redes sociais, por exemplo, a publicidade de apostas será permitida apenas entre 19h30 e meia-noite. 

A proposta também veda a exibição de cotações dinâmicas durante as transmissões esportivas e exige que todas as peças publicitárias incluam, de forma clara e visível, avisos sobre os riscos envolvidos, como a frase “Apostas causam dependência e prejuízos a você e à sua família”. 

Senado aprova novas regras para publicidade de apostas
Cotações dinâmica durante transmissões esportivas não serão permitidas. (Foto: Reprodução/Pexels/@SoumithSoman)

A publicidade direcionada ao público infantojuvenil está completamente proibida, reforçando a preocupação com a proteção de menores. Apenas ex-atletas que estejam aposentados há no mínimo cinco anos poderão participar de campanhas publicitárias.

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Reações do setor esportivo

A aprovação do projeto no Senado gerou reações imediatas por parte de clubes de futebol de grande porte, como Flamengo e Palmeiras, que manifestaram preocupação com o impacto financeiro das novas regras. Em notas oficiais, os clubes alertaram que as restrições à exposição de marcas de apostas em estádios e uniformes poderiam resultar em perdas anuais estimadas em R$ 1,6 bilhão para o esporte. 

As entidades classificaram a proposta como uma “proibição fantasiada de limitação“, expressando temor de um possível colapso financeiro no futebol brasileiro. No entanto, o senador Carlos Portinho rebateu as críticas, defendendo que os clubes devem assumir sua responsabilidade social e buscar formas de se reinventar, sem depender excessivamente das receitas provenientes das apostas.

O projeto foi aprovado em votação simbólica e, agora, seguirá para a Câmara dos Deputados. Na Câmara, o texto poderá sofrer novas alterações e debates antes de ser encaminhado para sanção presidencial.

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