Recife: audiência discute nova lei de uso e ocupação do solo

Na capital de Pernambuco, Recife, documento busca unificar as leis de construção e introduzir medidas que estimulem a sustentabilidade
Foto de da cidade de Pernambuco, capital do Recife. Em primeiro plano estão as construções, em sua maioria prédios, e, ao fundo, o mar.
Recife: audiência discute nova lei de uso e ocupação do solo. Reprodução/Pexel/@victorcayke

Uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei de parcelamento, uso e ocupação do solo na cidade de Recife ocorreu nesta terça-feira (8). Este documento pretende unificar e simplificar as leis de construção na capital pernambucana, a fim de orientar todas as futuras edificações, desde grandes empreendimentos até pequenas construções familiares.

Membros do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), representantes da prefeitura, empresários e a sociedade civil reuniram-se no Teatro do Parque para a audiência.

Em audiência pública em Recife, minuta do projeto de lei foi apresentada. (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Urbana)

Simplificação e sustentabilidade

A proposta principal da nova lei é consolidar diversas legislações em um único documento, e assim facilitar o processo de construção na cidade de Recife, garantindo o cumprimento das normas.

Além da simplificação, o projeto de lei prevê medidas que incentivem a sustentabilidade na construção civil. Uma das principais inovações é a Taxa de Contribuição Ambiental (TCA), que oferece “bonificações” na área construída permitida para projetos que adotem soluções ambientais, como pisos permeáveis, telhados e fachadas verdes.

Para promover a movimentação nas ruas e a segurança pública, a lei também estimula o uso misto de edifícios, com comércios e serviços no térreo e unidades residenciais nos andares superiores.

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Outra mudança significativa é a redução do tamanho mínimo dos lotes para construção, de 250 para 125 metros quadrados, alinhando a legislação municipal à Lei Federal. Essa alteração visa regularizar construções já existentes e tornar a cidade mais atrativa para projetos do programa Minha Casa, Minha Vida, ampliando o acesso à moradia para famílias de baixa renda.

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Nova lei também prevê redução no tamanho mínimo dos lotes para construção em Recife. (Foto: reprodução/Pexels/@IvanSamkov)

Desafios

Um dos principais pontos de preocupação com a nova lei é o impacto no trânsito e no saneamento, especialmente em áreas como Boa Viagem, que podem receber novas construções incentivadas pela reforma de edifícios no centro histórico. Além disso, a previsão de decretos para detalhar instruções da lei gera incertezas sobre a aplicação futura das normas.

A expectativa é que a lei seja aprovada até o final do ano, porém, seu andamento depende de um longo processo de análise e debate. Após a audiência pública, o documento deverá ser direcionado ao Conselho da Cidade e, após isso, encaminhado à Câmara Municipal do Recife para novas discussões e audiências.

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