A maior medalhista olímpica do Brasil já sabe quando irá se aposentar. Rebeca Andrade, ícone da ginástica brasileira, diz não querer continuar após as Olimpíadas de 2028, em Los Angeles, Estados Unidos.
Com 20 anos de carreira, Rebeca Andrade compreende bem os limites do seu corpo. Pensando em parar após os Jogos de Paris, a ginasta estendeu um pouco mais sua atividade, mas diz que o máximo será até 2028.
Rebeca Andrade fala sobre o fim da carreira
“No máximo até 2028, depois da Olimpíada de Los Angeles. Eu ia parar agora em Paris. Não dá pra ir mais longe não. O ‘pózinho de pirlimpimpim’ vai acabar em 2028”, disse em entrevista à CBN.
A atleta também fala sobre seu crescimento emocional em relação às expectativas do público:
“Quando eu era mais nova, se eu não fazia uma boa competição, achava que o mundo tinha acabado. Hoje, eu consigo separar a expectativa do público da minha obrigação comigo mesma (…). Foram 20 anos de carreira, suportando 14 vezes o meu peso nos movimentos. É muito impacto. Preciso entender meus limites para chegar longe”.
A ginástica olímpica exige muito do físico dos atletas por exigir força, precisão e gerar muito impacto. No caso de Rebeca, a ginasta teve que realizar oito cirurgias ao longo da carreira.
Por este motivo, Andrade já havia anunciado não participar da modalidade solo para poder poupar a integridade física e prolongar a carreira.
A influência de Rebeca Andrade na ginástica
Após sua longa atuação no esporte, Rebeca Andrade se torna referência para as próximas gerações. Bicampeã olímpica e tricampeã mundial, além de maior medalhista da história do Brasil, com 6 medalhas (2 ouros, 3 pratas e 1 bronze), Rebeca começou a sua trajetória aos 4 anos, em Guarulhos. Com o desenvolvimento das suas habilidades, a atleta se mudou algumas vezes para obter melhores condições de treino.
Rebeca levava uma vida simples ao lado de seus irmãos e da mãe solo, que se dedicava para pagar os treinos da filha. Seu irmão mais velho era o responsável por levá-la até os treinos a pé, em uma caminhada de 2 horas. De acordo com Rebeca Andrade, a família foi essencial para chegar à elite da ginástica.