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Rayssa Leal está fora da final da SLS, em Roland-Garros

Fadinha do Skate não avança à final da SLS Paris e fica fora do pódio pela primeira vez em 2025

A skatista brasileira Rayssa Leal teve um dia para esquecer em Roland-Garros. Neste sábado (11), a maranhense foi eliminada na fase classificatória da etapa parisiense da Liga Mundial de Skate Street (SLS), após cometer o mesmo erro três vezes seguidas em uma manobra.

A brasileira, que chegava como uma das grandes favoritas ao título, ficou com a quarta colocação de sua bateria e não conseguiu vaga para disputar a final.

O que aconteceu na classificação

Rayssa começou a disputa da melhor forma possível. Na primeira volta, a skatista brasileira obteve uma excelente nota de 7.9 pontos, assumindo a liderança de seu grupo. O começo promissor indicava que a Fadinha estava no caminho certo para mais uma final da SLS, mantendo sua impressionante regularidade no circuito mundial.

No entanto, o cenário mudou drasticamente nas tentativas seguintes. Rayssa tentou executar a mesma manobra em três oportunidades consecutivas e não conseguiu completá-la em nenhuma delas. Os erros sucessivos comprometeram sua pontuação final e, mesmo com a nota inicial expressiva, não foram suficientes para garantir a classificação.

Já eliminada matematicamente, a brasileira decidiu tentar a manobra pela quarta vez na última oportunidade. Desta vez, conseguiu acertar a execução e recebeu nota 8.0. Porém, o acerto tardio serviu apenas para amenizar o placar final, não sendo suficiente para reverter a eliminação. Rayssa encerrou a fase classificatória com 15.9 pontos totais, na quarta posição de sua chave.

As regras e o sistema de classificação

No formato da competição em Paris, as skatistas foram divididas em dois grupos com cinco atletas cada. Apenas as três primeiras colocadas de cada bateria avançariam para a final, programada para 13h30 (horário de Brasília) do mesmo sábado. Rayssa ficou a apenas uma posição da vaga, mas a diferença de pontuação para a terceira colocada foi determinante.

A chave de Rayssa foi dominada pela japonesa Aoi Uemara, que somou impressionantes 26.1 pontos e garantiu a primeira posição. A holandesa Keet Oldenbeuving ficou em segundo com 18.8 pontos, seguida pela também japonesa Funa Nakayama, que conquistou a terceira vaga com 18.6 pontos. A norte-americana Secret Lynn fechou o grupo na quinta colocação com 14.2 pontos.

O legado olímpico e mundial

Rayssa Leal acumula recordes e trófeus em sua carreira. (Foto: reprodução/Pinterest)
Com apenas 17 anos, Rayssa Leal acumula recordes e trófeus em sua carreira. (Foto: reprodução/Pinterest)

Apesar do revés em Roland-Garros, nada apaga o brilhante currículo de Rayssa Leal. A skatista maranhense é bicampeã olímpica: uma medalha de prata em Tóquio 2020 e uma de bronze em Paris 2024, conquistas que consolidaram seu nome entre as maiores do esporte mundial. Sua influência transcende os resultados, inspirando milhões de crianças e jovens a praticarem skate pelo Brasil e pelo mundo.

Rayssa também é campeã mundial no World Skate Games de 2022 e 2024, além de ter conquistado duas medalhas de ouro nos X Games. O tricampeonato consecutivo no Super Crown (2022, 2023 e 2024) a tornou a primeira e única tricampeã mundial da categoria feminina na Street League Skateboarding, um feito histórico que demonstra sua supremacia na modalidade.

O desempenho brasileiro em Paris

Enquanto Rayssa enfrentava dificuldades na categoria feminina, o Brasil contava com cinco representantes no masculino: Carlos Ribeiro, Filipe Mota, Felipe Gustavo, Giovanni Vianna e Kelvin Hoefler. Todos iniciaram suas disputas às 8h, com as finais masculinas programadas para 15h do mesmo sábado.

Felipe Gustavo liderava as expectativas brasileiras após bons resultados nas etapas anteriores de Miami e Brasília. Carlos Ribeiro, vice-campeão em Cleveland, e Giovanni Vianna, campeão do Super Crown 2023 e vice em 2024, também figuravam entre os favoritos a conquistar posições de destaque para o país.

O desempenho dos skatistas brasileiros homens em Roland-Garros seria fundamental para manter o Brasil em evidência na temporada da SLS, especialmente após a eliminação precoce de Rayssa, que sempre puxa a torcida nacional.

Kelvin Hoefler busca classifação em Paris. (Foto: reprodução/Pinterest)
Kelvin Hoefler busca classifação em Paris. (Foto: reprodução/Pinterest)

Próximos desafios no calendário

A temporada da SLS segue em ritmo intenso. Após a etapa de Paris, a próxima disputa acontecerá em Las Vegas, no Las Vegas Convention Center, no dia 25 de outubro. A competição na cidade americana será uma oportunidade para Rayssa se recuperar da eliminação e retomar a trajetória vitoriosa que marcou o início da temporada.

O calendário se encerra com o Super Crown, marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A competição no Brasil terá significado especial para Rayssa, a atual tricampeã do evento, que busca o inédito tetracampeonato em casa, diante de sua torcida.

O skate brasileiro segue forte no cenário mundial, e Rayssa Leal permanece como sua maior representante. A eliminação em Roland-Garros é apenas um pequeno capítulo em uma história que promete ainda muitas glórias e conquistas para a skatista maranhense que encanta o mundo sobre quatro rodas.