Quem nunca se encontrou em uma situação onde achou que determinada cor de roupa, ou mesmo o corte, ou cor de cabelo, não te favoreceu tanto? Isso é mais comum do que parece, já que as pessoas possuem diferentes características valorizadas de diferentes formas. E hoje vamos trazer os principais pontos sobre o que é o visagismo e como ele atua na construção de uma imagem que valoriza as características individuais, identificando as melhores escolhas para a valorização individual, vamos lá!
O que é o visagismo?
O visagismo é um campo de estudo de técnicas que visa explorar e compreender as possibilidades de valorizar de forma individual cada atributo. O termo “visage” (rosto) do francês segue além da estética, indo até a individualidade e personalidade, para criar uma imagem pessoal alinhada com a intenção, personalidade e até a profissão de cada pessoa, para criar algo único.
Entre os trabalhos do visagismo estão descobrir os melhores tons, cores e intensidade para roupas, maquiagem e cabelo. Tudo relacionado à imagem e à construção dela. Entre os profissionais dessa área estão os visagistas, consultores de imagem, maquiadores, cabeleireiros que possuem técnicas para entender e valorizar a individualidade e características de cada cliente, é importante para o resultado que será entregue aos clientes que buscam serviços de maquiagem e cabelo, por exemplo.
Onde surgiu o visagismo?
Em 1936, o cabeleireiro e maquiador francês, Fernand Aubry, além do termo com o visagismo, pretendia mostrar e enfatizar a autenticidade presente em cada expressão. Indo além da estética, transformando cortes de cabelo e maquiagem em uma verdadeira manifestação artística, celebrando a individualidade. O visagismo passou por desafios ao longo do tempo, e por determinado tempo a busca por valorizar o individual foi substituída por padronizar as características individuais.
Já em 2002, com Philip Hallawell, artista plástico nascido em São Paulo, trouxe ao visagismo além do físico, indo para temas como personalidade, estilo de vida, profissão e intenção pessoal. O seu livro “Visagismo: harmonia e estética” de 2003 redefiniu o visagismo e inspirou uma nova geração de profissionais com uma nova abordagem.
O poder do visagismo, na prática
Entre os pontos trabalhados no visagismo está o subtom e contraste pessoal, e um exemplo do poder do visagismo aconteceu na série fenômeno mundial “Bridgerton“, da Netflix, adaptação da série de livros da autora Julia Quinn. Na terceira temporada, 2024, a personagem Penelope Washington, interpretada por Nicola Coughlan, passa por uma verdadeira transformação em seu visual, surpreendendo a todos, incluindo a si mesma, na série.
A troca de roupas com tons quentes e intensos que não favoreciam seu subtom frio por cores frias e suaves em seus vestidos e maquiagem transformou seu visual, valorizando seu tom de cabelos ruivos e olhos verdes. Essa mudança de seu guarda-roupa surpreende a todos. Além disso, essa mudança de seu visual foi colocada como uma parte importante para o arco de crescimento da personagem na temporada, que passava por uma série de mudanças internas e foi evidenciada também pela sua mudança visual.
Outro caso de como o visagismo pode valorizar a individualidade é a atriz e modelo, Dakota Johnson, que possuía um cabelo loiro que não a favorecia tanto, porém ao adotar a franja e os cabelos com comprimento de médios a longos em tom castanho, favoreceu ainda mais seus olhos e seu contraste pessoal.
O profissional de visagismo transforma de forma individual e com intenção a imagem. Descobrindo e encontrando os melhores tons e cores, claro que o profissional se baseia em teorias de estudo, porém, cada um deve transmitir o que deseja.
A atriz Anya Taylor-Joy declarou que não se importa com as análises que fazem sobre sua coloração pessoal, em entrevista à Vogue. Ao analisar seu look para o Globo de Ouro de 2025, afirmou não se arrepender da escolha do seu look, mesmo que vídeos sobre o look repercutiram nas redes sociais baseados em seu contraste pessoal.
O visagismo busca compreender e encontrar as melhores escolhas quanto à imagem, para criar algo único, expressivo e individual. O conhecimento é importante, pois o visual comunica, estilo, cores, intensidade dessas cores, porém não deve estar acima da personalidade e intenção própria, como afirmou Anya, mostrando que o visagismo pode ser encarado de diversas formas, e não deve superar a visão própria e individual de si mesma.
