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Rio de Janeiro: forças de segurança realizam Megaoperação contra o Comando Vermelho, a maior ação desde 2010

Operação é a maior realizada no Rio de Janeiro desde 2010

Na manhã desta terça-feira (28), mais de 2500 agentes de segurança das Polícias Civil, Militar e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, vinculado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, realizaram uma megaoperação nos Complexos da Penha e Alemão, batizada de “Operação Contenção”, com objetivo de capturar 100 traficantes do Comando Vermelho, facção que domina essas favelas.

Segundo informações do Governo do Rio de Janeiro, 60 traficantes ligados ao Comando Vermelho foram mortos até o momento, e 75 fuzis foram apreendidos, além de 81 faccionados presos. A operação contou apenas com forças estaduais, após veto do governo federal para participação das Forças Nacionais na ação.

Até o momento, a operação realizou 81 prisões de traficantes. A megaoperação é a maior das forças estaduais desde 2010 e gerou retaliações em toda a cidade por parte do Comando Vermelho, com bloqueio das principais vias expressas, como Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil, além de rodovias, como a BR-101, na altura da cidade de São Gonçalo.

Detalhes da operação

A operação foi considerada pelo governador Cláudio Castro a maior da história do estado do Rio de Janeiro, e foi planejada desde o início do ano com objetivo de conter o avanço do Comando Vermelho em bairros e favelas do Rio de Janeiro e retomar esses territórios. Ainda segundo o governo do estado, houve pedidos formais ao Governo Federal para a utilização de blindados da Marinha, recusados ao longo do ano.

Dentre as prisões realizadas, a polícia capturou um dos principais chefes do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, investigado por liderar a facção e por ser suspeito de cerca de 100 homicídios.

Retaliações do tráfico

Após a operação, traficantes do Comando Vermelho bloquearam diversas vias e bairros da cidade, incluindo rodovias federais, como a BR-101, além de diversas avenidas expressas do município, como Linha Amarela e Avenida Brasil. Além disso, instituições de ensino, como escolas estaduais, municipais e universidades, cancelaram as aulas do dia. Hospitais e unidades de saúde na região da operação também foram fechados.

De acordo com a Rio Ônibus, mais de 50 coletivos foram usados como barricada nas vias. Com o cenário, a Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que a cidade está em Estágio 2 de risco, o que significa que há um “risco de ocorrência de alto impacto”.