As tarifas de importação sobre as lojas online chinesas foram ampliadas nos Estados Unidos, segundo o jornal Axios. Essa ação, que tem o objetivo de proteger os varejistas americanos de uma concorrência considerada desleal, com lojas como Shein e Temu, deve encarecer os produtos chineses nos EUA e gerar um impacto significativo no mercado de consumo.
Taxação das lojas
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pôs fim a uma brecha que isentava de impostos encomendas com valor inferior a US$ 800. Agora, esses pacotes estão sujeitos a uma taxa de até 90% do valor total, um aumento em relação à alíquota inicial de 30% que havia sido planejada. Os impostos passam a valer em 2 de maio.

A medida representa uma vitória para os varejistas americanos, que alegam que a concorrência com as lojas online chinesas tem prejudicado seus negócios. A Forever 21, por exemplo, atribui o fechamento de suas lojas ao crescimento de varejistas estrangeiros, como a Shein.
Já os críticos da taxação argumentam que a medida prejudicará os consumidores americanos, que terão que pagar mais caro por produtos importados. Além disso, eles dizem que a medida pode aumentar o tempo de envio das encomendas, já que as lojas online chinesas terão que se adaptar às novas regras.
Guerra comercial
Na última semana, Trump anunciou tarifas de importação sobre 180 países, incluindo a China, que respondeu com taxas sobre os produtos americanos. A escalada da guerra comercial tem gerado preocupação em todo o mundo, já que pode prejudicar o comércio global e a economia mundial.
A Ásia foi a região mais impactada pelas tarifas impostas por Trump, com a China sendo especialmente atingida. O país enfrentou uma tarifa inicial de 34%, o que aumentou a carga tributária total sobre os produtos chineses nos Estados Unidos para 54%. Em resposta, o país asiático declarou, na sexta-feira (4), a imposição de tarifas de 34% sobre mercadorias americanas.
Diante dessa retaliação, Trump ameaçou impor taxas adicionais de 50% à China, a menos que o país recuasse até terça-feira (8). Com a recusa de Pequim em ceder, a Casa Branca confirmou as tarifas de 104% sobre produtos chineses a partir de quarta-feira (9).