As tensões entre Israel e Irã voltaram a escalar de forma dramática nesta quinta-feira (12), após relatos de um ataque aéreo israelense contra território iraniano, segundo informações de veículos internacionais. Nas redes sociais, usuários relataram sons de explosões em Teerã, intensificando o clima de alerta na região.
Estado de emergência
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência no país e anunciou o fechamento do espaço aéreo israelense como medida preventiva contra possíveis ataques de retaliação. Apesar da gravidade da situação, fontes ouvidas pelo site Axios afirmam que os Estados Unidos não tiveram envolvimento direto na ação militar.
Ainda na quarta-feira (11), os EUA iniciaram o esvaziamento de embaixadas em países do Oriente Médio, diante do risco de que os confrontos entre os países provoquem distúrbios generalizados na região.
A crescente tensão entre os países
O ataque ocorre em meio ao agravamento da crise entre os dois países, alimentada pelo avanço do programa nuclear iraniano. Nesta quinta-feira, o Irã afirmou que construiu e irá ativar uma terceira instalação de enriquecimento de material nuclear, desafiando as exigências da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e dos EUA. A AIEA, órgão ligado à ONU, censurou o país por descumprir obrigações internacionais de não proliferação nuclear.
O contexto remete a episódios recentes. Em abril, o ex-presidente Donald Trump havia se mostrado contrário a uma ação militar imediata de Israel, temendo prejuízos às negociações por um novo acordo nuclear. No entanto, segundo o New York Post, Trump declarou recentemente estar “muito menos confiante” em um tratado e chegou a sugerir que, em caso de fracasso diplomático, Israel poderia liderar um bombardeio com apoio dos EUA — embora a Casa Branca tema uma ofensiva sem sua autorização formal.
O ataque
Na madrugada de sexta-feira (13), Israel realizou uma ofensiva contra instalações nucleares no Irã, resultando na morte de altas patentes militares e de cientistas ligados ao programa atômico iraniano.
Após o ataque contra as instalações nucleares iranianas, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a pressão sobre o Irã para que fosse firmado um novo acordo relacionado ao programa nuclear de Teerã. Em tom ameaçador, Trump declarou que o Irã “tem que fazer um acordo, antes que não sobre mais nada“.
Entre as vítimas fatais do bombardeio estiveram importantes autoridades iranianas, como Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas, além de dois cientistas envolvidos no programa nuclear do país.
Diante do ocorrido, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, prometeu uma resposta severa, afirmando que Israel e os Estados Unidos “sofreriam as consequências” e que o povo israelense enfrentaria “um destino amargo“. Poucas horas depois, o Irã lançou mais de 100 drones em direção a Israel, o que levou as autoridades israelenses a orientarem a população a se manter próxima de abrigos e evitar espaços abertos.
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