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Tarifaço: Governo Federal se reúne nesta segunda para anunciar o plano de contingência

Governo Lula irá anunciar medidas de contingência ao tarifaço imposto por Donald Trump, que impacta as exportações brasileiras

Nesta segunda-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com o vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em reunião para definir os últimos detalhes das medidas de contenção ao tarifaço, imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, que entrou em vigor no dia 6 de agosto. A tarifa de 50% já afeta diferentes setores da economia e diversos estados que possuem o país norte-americano como o principal parceiro comercial. 

Após os impactos imediatos do aumento da tarifa de exportação aos EUA, o plano deve contemplar: linhas de crédito para empresas afetadas e compra pública de produtos perecíveis produzidos por setores impactados pelo tarifaço. As medidas devem ser anunciadas hoje, após a reunião, que ocorre às 17h.

O aumento da alíquota de importação imposta por Donald Trump, presidente dos EUA, atinge cerca de 36% das exportações brasileiras ao país norte-americano, que geraram US$14 bilhões em 2024. Produções como café, frutas e pescados já sofrem o impacto da medida. 

Reação dos estados ao tarifaço

Além dos planos do governo, estados da federação que sofreram impactos das importações americanas também anunciaram medidas internas para conter os efeitos. O Espírito Santo, que possui setores quase todo dependentes das exportações de seus produtos para os Estados Unidos, anunciou na semana passada um novo plano de crédito rural.

Assim como os capixabas, o Ceará também anunciou um pacote de medidas internas, que preveem a antecipação do saldo de crédito de ICMS, incentivos fiscais e compra de alimentos pelo governo do estado. O Ceará é o mais dependente das exportações aos Estados Unidos, com 45% de suas exportações direcionadas ao país.

Impacto do tarifaço nos maiores exportadores

Dentre as 27 unidades da federação, 13 tem os EUA como o primeiro ou segundo maior parceiro comercial. São Paulo, o estado que mais exporta para o país, anunciou um crédito subsidiado de R$200 milhões para seus produtores. Apesar de impactar a economia paulista, o tarifaço vai ter impacto mais significativo em estados menores.

O Rio de Janeiro é o segundo estado que mais exporta produtos aos americanos, principalmente com o envio de petróleo, produto que ficou isento da taxa. Apesar da isenção, outros setores, principalmente a produção de pescados e roupas, já estão sofrendo os impactos das taxas e buscando outros mercados. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), os produtores e empresas do interior serão os mais afetados.