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Ginástica rítmica: Brasil conquista resultado histórico mesmo com baixo investimento

Babi domingos revela que, apesar da visibilidade crescente, a ginástica artística ainda carece de investimentos

Na última sexta-feira (22), o Brasil vibrou com um novo recorde da ginástica rítmica em casa: Babi Domingos terminou em 9º lugar no individual geral do Mundial, que aconteceu na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro.

A modalidade vem se tornando a queridinha do público após as apresentações nas Olimpíadas. As competições nacionais e mundiais passaram a ser transmitidas com mais frequência e muito compartilhadas nas redes sociais, chegando aos assuntos mais comentados.

A pesquisa Women and Sports 2025, desenvolvida e divulgada pelo Ibope Repucom, confirma esse movimento. A ginástica é o terceiro esporte que mais concentra os Superfãs (grupos altamente interessados pela modalidade), com 30% dos internautas brasileiros, atrás apenas do futebol de campo (48%) e do vôlei (35%).

O estudo não traz dados sobre a ginástica rítmica especificamente, mas revela que o público feminino fã da ginástica artística triplicou na última década, posicionando a modalidade como a segunda mais acompanhada (69%), atrás apenas do vôlei (70%).

Apesar de todo engajamento e apoio da torcida brasileira, a ginástica rítmica aproveita o sucesso da ginástica artística, ainda buscando seu espaço. E essa caminhada não se mantém apenas com curtidas e hashtags. É preciso investir.

Babi Domingo desabafa sobre patrocínios na ginástica rítmica

Ginástica Ritmíca
Babi. (Foto: reprodução/Pinterest)

Em entrevista à Marie Claire, Babi Domingos fala sobre as conquistas, críticas sobre a idade e os desafios de viver em um esporte ainda carente de patrocínio.

Primeira brasileira a disputar uma final olímpica na ginástica rítmica, dona do melhor resultado do país em um Mundial, ouro no Grand Prix de Thiais (na França), bronze na etapa da Copa do Mundo de Sófia (Bulgária). O extenso currículo de Babi reflete a caminhada de 20 anos que enfrentou lesões, críticas, luta pelo espaço e amadurecimento.

Apesar dos resultados que colocaram o Brasil em evidência na ginástica rítmica, a atleta conta que até o momento tem apenas um patrocínio pessoal e acredita ser pouco para o tanto que fazem.

“Todo mundo fala que o Brasil é o país do futebol, mas isso mudou muito. A ginástica tem crescido, hoje temos muitos nomes fortes. Para mudar de verdade, é preciso acreditar e investir”.

O recado de Babi mostra a urgência de patrocínios individuais. Enquanto a atenção do público e a mídia crescem, o financiamento da ginástica rítmica ainda depende de apoios pontuais e governamentais incertos. É necessário um investimento consistente, capaz de apoiar adequadamente os atletas que mostram que o Brasil também pode ser o país da ginástica.