Uma pesquisa recente divulgada pelo Infojobs mostrou quais são as aspirações profissionais da Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010), desmistificando a ideia de que a carreira de influenciador digital seria o sonho predominante entre os jovens.
O levantamento, que contou com a participação de 1.003 integrantes dessa geração, revela uma forte inclinação por áreas como Tecnologia (34,5%), Saúde e Bem-estar (23,1%) e Empreendedorismo/Startups (18,8%).
Uma parcela significativa de 34,6% dos entrevistados optou por “outras áreas”, indicando uma busca mais profunda por trabalhos que ressoem com seus valores e identidade profissional.
A CEO do Infojobs, Ana Paula Prado, ressalta que a Geração Z valoriza o bem-estar como fator principal na hora de tomar decisões sobre a carreira. “Não basta apenas um bom salário, eles precisam se conectar com o propósito do que fazem e, por isso, hoje é comum pesquisarem mais sobre as empresas antes de aceitarem fazer parte delas”, explica Prado.
Essa busca por significado no trabalho demonstra uma mudança de paradigma em relação às gerações anteriores, que muitas vezes priorizavam a estabilidade financeira acima de tudo.
Demandas da nova força de trabalho
O estudo também investigou o que a Geração Z espera de seus empregos, e os resultados apontam para uma valorização da flexibilidade (trabalho remoto e horários flexíveis), mencionada por 56,2% dos participantes.
Em seguida, aparecem a remuneração competitiva e benefícios diferenciados (50,7%), o bem-estar e a saúde mental (41,6%) e as oportunidades de desenvolvimento acelerado (37,1%).

Apesar de o salário e a estabilidade financeira ainda serem considerados o fator mais decisivo na escolha de uma carreira (apontado por 70% dos jovens), o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (49,4%) e as oportunidades de crescimento (48,2%) surgem logo em seguida como prioridades importantes.
Desafios para o mercado
Um dado alarmante revelado pela pesquisa é que 60,3% da Geração Z entrevistada não está trabalhando atualmente. Entre os 39,5% que estão no mercado de trabalho, a maioria expressiva (65,1%) pretende mudar de área nos próximos 10 anos.
Ana Paula Prado enfatiza a necessidade de o mercado reconhecer e atender às demandas dessa geração, que busca por crescimento, propósito e bem-estar.