Gabz, atriz de 26 anos e destaque recente em “Mania de Você”, está se preparando para um novo desafio na TV Globo, onde interpretará Eduarda em “Coração Acelerado”, próxima novela das 19h. Para o papel, ela adotou um visual ousado, com um corte de cabelo curtíssimo, marcando uma nova fase em sua carreira.
A beleza como resistência e expressão de identidade
Em entrevista exclusiva à CNN, Gabz refletiu sobre o significado da estética para a juventude negra. Segundo ela, moda e beleza sempre foram muito mais do que vaidade — são ferramentas de resistência, pertencimento e criatividade.
“Desde a nossa raiz, ela sempre foi muito forte. A gente sempre teve a nossa identidade sendo representada com criatividade”, comentou a atriz.
Gabz também destacou que, apesar de o cabelo crespo, tranças e outras expressões estéticas ganharem cada vez mais espaço no mainstream, ainda existe um desafio em garantir reconhecimento para quem faz esses movimentos acontecerem.
“Às vezes dizem que, quando usamos lace ou tranças, estamos tentando nos disfarçar. Mas não é nada disso. Sempre tivemos uma relação muito criativa com a beleza e a moda”, pontuou.
Representatividade, memória e futuro
A atriz vê um risco de apagamento histórico quando a contribuição negra não é devidamente lembrada ou creditada. Para ela, é essencial fortalecer a memória coletiva.
“Se eu pudesse chamar a juventude negra para se movimentar, seria para mantermos nossa memória viva. Sempre existiram pessoas negras incríveis, e precisamos exaltá-las para que não sejam esquecidas”, afirmou.
Gabz ainda ressaltou que não se trata apenas de reconhecimento simbólico, mas também de garantir retorno financeiro e oportunidades para pessoas negras. “Não precisamos apenas dos créditos, precisamos do money”, disse, em tom firme.
Seu discurso ecoa entre jovens que encontram nela uma referência de estilo e representatividade. Além de seu trabalho como atriz, Gabz se tornou uma figura importante no cenário cultural ao mostrar que beleza e identidade podem caminhar juntas, abrindo espaço para novas narrativas.
Com esse posicionamento, Gabz reforça a importância de olhar para o passado, celebrar o presente e construir um futuro onde a estética negra continue sendo valorizada como expressão de resistência e afirmação.