O universo sombrio e fascinante de “Elden Ring“, aclamado RPG de ação da FromSoftware, será transportado para as telonas em um novo filme live-action oficialmente anunciado em maio de 2025. A produção será resultado de uma parceria de peso entre a renomada produtora A24, conhecida por sua abordagem artística em filmes de gênero, e a Bandai Namco, publisher do game. O longa contará com direção e roteiro de Alex Garland, um dos cineastas mais celebrados da ficção científica contemporânea, e envolvimento direto de George R. R. Martin, coautor da mitologia do jogo.

Um projeto cinematográfico ambicioso
De acordo com a divulgação feita por perfis especializados, como o @zangs_ no Instagram, e confirmada por veículos como People, GamesRadar, Windows Central e Screen Rant, o projeto contará com uma equipe de produção de grande prestígio. Além de Alex Garland, também participarão profissionais renomados como Peter Rice, Andrew Macdonald, Allon Reich e Vince Gerardis, este último reconhecido por sua atuação como produtor em séries de sucesso como “Game of Thrones” e “A Casa do Dragão”.
A adaptação tem como objetivo transmitir a essência da Terra Intermédia (The Lands Between), cenário místico e implacável de “Elden Ring”, e convertê-la em uma experiência cinematográfica que esteja à altura da obra original. Garland, que também é responsável por filmes como “Ex Machina”, “Aniquilação” e “Guerra Civil” (Civil War), promete imprimir sua marca autoral na produção, o que ele mesmo confirmou em entrevistas recentes. Em uma sessão de perguntas e respostas no Reddit, Garland disse já estar em sua sétima jogada do game, incluindo a aguardada expansão Shadow of the Erdtree, demonstrando profundo envolvimento pessoal com o universo do game.
Desafios de adaptar uma obra não linear
O maior desafio da produção reside em adaptar um jogo cuja narrativa é deliberadamente fragmentada e interpretativa. “Elden Ring“ não conta com uma trama convencional e direta: sua história é revelada por fragmentos ambientais, diálogos crípticos, descrições de itens e eventos indiretos. Os próprios jogadores montam suas teorias ao longo da jornada.

Isso levanta a questão: como adaptar essa complexidade em um filme com início, meio e fim estruturados? Alex Garland, que é conhecido por lidar bem com temas filosóficos e estruturas narrativas não convencionais, talvez seja o nome ideal para lidar com essa tarefa. Em suas palavras, ele deseja manter o espírito misterioso do jogo, sem “explicar demais”.
A escolha da A24 e o tom da produção
A escolha da A24 como parceira da Bandai Namco não é acidental. A produtora construiu sua reputação por meio de filmes que fogem dos padrões hollywoodianos, prezando por atmosferas intensas, desenvolvimento psicológico e estética marcante – três características que combinam perfeitamente com o universo de “Elden Ring”. Essa parceria sinaliza que o longa será voltado para um público exigente, buscando mais do que uma simples aventura épica: espera-se algo introspectivo, sombrio e ambíguo, como o próprio jogo.
Influência de George R. R. Martin e retorno ao universo que ajudou a criar
Vale lembrar que “Elden Ring” nasceu da colaboração entre Hidetaka Miyazaki, criador de“ ”Dark Souls”, e George R. R. Martin, autor da saga “As Crônicas de Gelo e Fogo”. Martin foi o responsável por estabelecer a mitologia básica da Terra Intermédia – linhagens, reinos e tradições, que serviu como base para Miyazaki e sua equipe criarem o mundo vivo do game.
Sua presença na produção do filme adiciona um elemento valioso, já que Martin tem experiência em universos narrativos complexos e em adaptações televisivas. Além disso, o produtor Vince Gerardis, que também esteve em “Game of Thrones”, reforça o time com expertise em transformar fantasias densas em obras audiovisuais de sucesso.
- Leia mais: “O Diabo Veste Prada 2” vem aí!
O que esperar?
Até o momento, não há confirmação sobre elenco, data de lançamento ou sinopse oficial. Ainda assim, o hype já é imenso entre os fãs. Sites como Screen Rant e GamesRadar apontam que a abordagem visual deverá ser grandiosa e detalhista, fiel à estética gótica e decadente do jogo.
A comunidade também especula se o filme adaptará diretamente os eventos do jogo – seguindo, por exemplo, a jornada de um “Tarnished” (Maculado) em busca do Anel Prístino – ou se contará uma história paralela no mesmo universo.
A adaptação cinematográfica de “Elden Ring” é, sem dúvida, um dos projetos mais ambiciosos da intersecção entre games e cinema nos últimos anos. Com Alex Garland à frente, o selo da A24, e o envolvimento de George R. R. Martin, o filme tem potencial para romper o estigma de que adaptações de jogos não funcionam no cinema. Se a atmosfera densa, a construção de mundo e a narrativa enigmática do jogo forem respeitadas, os fãs podem esperar uma obra à altura da experiência que conquistou milhões de jogadores ao redor do mundo.