Uma noite que deveria ser de festa e paixão pelo futebol transformou-se em um pesadelo em Santiago, Chile. O confronto entre Colo-Colo e Fortaleza, válido pela fase de grupos da Libertadores, foi marcado por cenas de violência e tragédia.
Do lado de fora do Estádio Monumental David Arellano, dois jovens torcedores do Colo-Colo, um adolescente de 18 anos e uma criança de 13, perderam a vida após serem atropelados por uma viatura da polícia em meio a uma confusão generalizada. A notícia das mortes espalhou-se rapidamente, gerando revolta e indignação entre os torcedores presentes no estádio.
Jogo interrompido
Aos 24 minutos do segundo tempo, com o placar ainda em 0 a 0, os torcedores do Colo-Colo, revoltados com a notícia das mortes, invadiram o gramado, forçando a interrupção da partida. Atletas do Fortaleza correram para os vestiários em busca de segurança, enquanto os jogadores do Colo-Colo tentavam, em vão, acalmar os ânimos dos invasores.
A segurança do estádio foi acionada, mas a situação já havia fugido do controle. Diante da tragédia e do caos, a continuidade da partida tornou-se impensável. No entanto, a Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, demonstrou uma postura insensível e controversa.
Por quase duas horas, a entidade manteve os jogadores confinados nos vestiários, alimentando a falsa esperança de que o jogo poderia ser retomado. A decisão da Conmebol de seguir com o jogo, mesmo com a morte de dois torcedores, gerou revolta entre jogadores e especialistas.
Atitude da Conmebol
A atitude da Conmebol foi duramente criticada por sua falta de empatia e bom senso. Ao priorizar o cumprimento de um protocolo frio em detrimento do luto e do respeito às vítimas, a entidade falhou em proteger a integridade dos jogadores e torcedores.
A nota oficial da Conmebol, que lamentava as mortes e expressava solidariedade, contrastava com a insistência em retomar a partida, evidenciando uma desconexão com a gravidade da situação.
Após quase duas horas de espera e pressão, a Conmebol finalmente cedeu e cancelou a partida, alegando “falta de garantias de segurança por parte do clube local e das autoridades locais“.
