China e Estados Unidos: trégua na guerra comercial

Nesta segunda-feira (12), China e EUA anunciaram uma pausa de 90 dias na guerra comercial, aliada à redução de tarifas de ambos os lados
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China e Estados Unidos: trégua na guerra comercial. Reprodução/Pexels/@MarkusWinkler

A China e os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (12), após encontros de alto nível na Suíça neste fim de semana, um acordo para reduzir significativamente as tarifas de importação entre os dois países e implementar uma pausa de 90 dias nas hostilidades comerciais.

A medida visa aliviar as tensões que vinham abalando a economia mundial e gerando preocupações sobre uma possível recessão global. Os termos do acordo preveem uma redução nas tarifas impostas por ambas as nações.

Os Estados Unidos concordaram em diminuir as taxas sobre as importações chinesas de um patamar elevado de 145% para 30%. Em contrapartida, a China se comprometeu a reduzir suas tarifas sobre os produtos americanos de 125% para apenas 10%.

Guerra comercial pausada por 90 dias. (Vídeo: Reprodução/Youtube/G1)

Alívio nos mercados

A notícia do acordo foi bem recebida nos mercados financeiros globais. O dólar registrou alta em relação a outras moedas importantes, e as bolsas de valores experimentaram uma recuperação notável, refletindo o otimismo dos investidores diante da perspectiva de um arrefecimento na disputa comercial entre as duas maiores economias do planeta.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, expressou satisfação com o resultado das negociações. “Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais“, afirmou Bessent. “Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção”, finalizou.

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China e Estados Unidos: trégua na guerra comercial
Bolsas de valores tiveram recuperação após anuncio da trégua. (Foto: Reprodução/Pexels/@AlesiaKozik)

Nenhum dos lados deseja um desacoplamento

Bessent enfatizou que o consenso entre as delegações é de que “nenhum dos lados deseja um desacoplamento“. Ele argumentou que as tarifas elevadas que vinham sendo aplicadas equivaliam a um embargo comercial, uma situação indesejada por ambas as potências.

Queremos o comércio“, declarou o secretário do Tesouro, sinalizando uma preferência pela manutenção dos laços econômicos, ainda que sob novas condições.

A escalada da guerra tarifária havia se intensificado após o anúncio das tarifas prometidas pelo então presidente americano Donald Trump em abril. Entre os principais alvos, esteve a China, enfrentando tarifas que alcançaram 34%, acrescentadas aos 20% que já estavam em vigor. Portanto, a resposta chinesa veio com a imposição de tarifas equivalentes sobre as importações americanas.

Assim, a situação se deteriorou rapidamente, com ameaças de novas elevações e prazos estabelecidos, culminando em tarifas de 145% impostas pelos EUA e 125% pela China em meados de abril.

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