A moda masculina tem evoluído significativamente nos últimos anos, impulsionada pela força do estilo urbano e pela influência marcante de rappers e ícones da cultura contemporânea. Nesse cenário, as bolsas assumem protagonismo no vestuário masculino, ressignificando antigos códigos ligados à moda e ao gênero.
O que antes era considerado um acessório exclusivamente feminino, hoje ocupa lugar de destaque nos looks masculinos, agregando estilo, funcionalidade e atitude.
Bolsas também para eles
Mais do que uma tendência passageira, o uso de bolsas por homens reflete uma mudança cultural mais profunda, onde os limites entre o que é “masculino” ou “feminino” na moda se tornam cada vez mais irrelevantes. Marcas de luxo e de streetwear já apostam em modelos pensados para esse novo consumidor, que valoriza a autenticidade acima de regras ultrapassadas. A bolsa, antes símbolo de gênero, agora é sinônimo de personalidade.
Celebridades internacionais como Jacob Elordi, Bad Bunny, RM do BTS e o rapper A$AP Rocky, um dos principais ícones desse movimento, já incorporaram as bolsas aos seus visuais com naturalidade e estilo. No Brasil, nomes como João Guilherme e Chay Suede também aderiram à tendência, reforçando a presença do acessório na cena nacional.
Entre os grandes nomes da moda, Pharrell Williams, atual diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton, é um dos principais responsáveis por redefinir o uso das bolsas no vestuário masculino. Em seus desfiles para a marca, Pharrell apresentou diversas composições que colocam a bolsa como peça central, provando que funcionalidade e sofisticação estão unidas.
Apesar das novas propostas e releituras dos designers contemporâneos, a presença da bolsa como acessório no vestuário masculino não é exatamente uma novidade. Esse movimento tem raízes nos anos 1970, quando o crescimento da contracultura e do movimento hippie passou a questionar padrões estabelecidos, defendendo a liberdade de expressão também na forma de vestir.
Ao longo das décadas de 1980, 1990 e início dos anos 2000, esse olhar mais livre sobre o estilo masculino continuou ganhando espaço, ainda que de forma pontual.
Hoje, com uma geração fortemente influenciada pela nostalgia e pelo resgate de referências passadas, a moda reafirma seu caráter cíclico. Tendências antigas retornam, mas com novas camadas de significado, reinterpretadas por criadores que aliam passado e presente com originalidade.
Estilo sem fronteiras
A bolsa, nesse contexto, ressurge não apenas como um item de utilidade, mas como símbolo de autenticidade, atitude e liberdade estética.Entre os anos 1990 e 2000, as pochetes dominaram o vestuário masculino e se tornaram um dos acessórios mais populares da época. Práticas e funcionais, elas eram vistas principalmente em contextos esportivos ou casuais, marcando presença em festivais, viagens e no dia a dia urbano.
Apesar de, por um tempo, terem sido consideradas ultrapassadas ou até motivo de piada, as pochetes retornaram com força nos últimos anos, repaginadas por grifes de luxo e marcas de streetwear, assumindo formatos mais sofisticados e posicionamentos estratégicos no corpo.
O uso das bolsas, antes restrito por convenções ultrapassadas, agora simboliza uma nova geração que valoriza a autenticidade, rompe com estigmas e transforma o ato de se vestir em uma ferramenta de afirmação pessoal.
À medida que grandes nomes da música, do cinema e da moda adotam essa linguagem visual, o mercado também responde com mais opções e versatilidade de modelos de bolsas voltados ao público masculino.Portanto, a bolsa deixa de ser um mero acessório e assume um papel de destaque no visual de homens que não receiam experimentar e renovar seu estilo.
