Nutrição e Transtorno Espectro Autista: entenda a ligação

A seletividade alimentar no TEA impacta o desenvolvimento e qualidade de vida das pessoas autistas
lousa azul com lâmpada desenhada em giz e blocos de soletrar formando a palavra autismo em inglês
Transtorno Espectro Autista e nutrição: entenda a ligação. Reprodução/Pexels/@polina

A seletividade alimentar, característica comum no Transtorno do Espectro Autista (TEA), transcende a mera preferência por certos alimentos, impactando diretamente o desenvolvimento integral e a qualidade de vida das pessoas autistas. 

Estudos apontam que uma parcela significativa de crianças com TEA manifesta padrões alimentares seletivos, e essa realidade também se faz presente no contexto brasileiro. Essa alimentação restrita tem o potencial de gerar carências nutricionais importantes que podem impactar negativamente o desenvolvimento físico, a capacidade do corpo de se proteger contra doenças e o progresso nas áreas mental, emocional e comportamental.

Seletividade alimentar 

A seletividade alimentar no autismo frequentemente se ancora em particularidades sensoriais, na rigidez comportamental e na preferência por texturas e sabores específicos. Essas características podem levar a uma dieta extremamente limitada, resultando em carências de micronutrientes essenciais, como vitamina D, ferro, ômega-3 e zinco. 

Nutrição e Transtorno Espectro Autista: entenda a ligação
Estudos apontam que autistas apresentam padrões alimentares seletivos. (Foto: reprodução/Pexels/@janet.d)

A deficiência desses nutrientes pode ter um impacto negativo em diversas áreas do desenvolvimento. A vitamina D, além de sua importância para a saúde óssea e a regulação imunológica, está associada ao humor e à cognição. Já o ferro, crucial para a oxigenação cerebral e a concentração, quando em baixos níveis, pode contribuir para irritabilidade e fadiga. 

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O ômega-3 é conhecido por ajudar o cérebro a trabalhar, o que afeta a concentração e a lembrança. Já o zinco é importante para as defesas do corpo e para as células, e a falta dele pode mudar o gosto das coisas, o que pode piorar a dificuldade em aceitar diferentes alimentos.

Com a ajuda de especialistas de diferentes áreas e usando métodos que combinam várias abordagens, dá para aumentar a variedade de alimentos que pessoas com Transtorno do Espectro Autista aceitam comer. Estratégias baseadas em evidências científicas, como a exposição gradual a novos alimentos em diferentes contextos e formatos, mostram-se promissoras.

Ajuda de especialistas é saída para introduzir alimentos na dieta de pessoas com TEA. (Vídeo: reprodução/YouTube/Mayra Gaiato | Desenvolvimento Infantil e Autismo)

Desafios no cenário brasileiro 

Apesar da inclusão de dados sobre pessoas autistas no Censo de 2022, informações específicas sobre a nutrição no contexto do TEA ainda são escassas no Brasil. Essa lacuna de dados dificulta a formulação de políticas públicas eficazes e acessíveis que atendam às necessidades nutricionais dessa população. 

A escassez de nutricionistas especializados no Sistema Único de Saúde (SUS), o alto custo de dietas adaptadas e a falta de formação específica para educadores e profissionais de saúde representam obstáculos significativos para as famílias que buscam apoio nutricional adequado para pessoas com TEA.

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