Segundo dados do boletim Into Tarifa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) elevou a projeção de reajuste médio das tarifas de conta de energia em 2025, de 3,5% para 6,3%, diferença que deve pesar nas contas das famílias brasileiras. O aumento da projeção se deve ao aumento de despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que serve para financiar políticas públicas.
Bandeira Tarifária Vermelha
No sistema de bandeira tarifária, criado pela ANEEL em 2015, o mês de agosto atingiu a bandeira vermelha, o que possui o maior acréscimo de custo para o consumidor final, com uma tarifa adicional de R$ 7,87 a cada 100 kw/hora utilizados. Esse patamar vai continuar alto até o final do ano.
A ANEEL reforça que o acionamento da bandeira vermelha está relacionado ao aumento no custo de geração de energia, provocado por fatores como a menor disponibilidade de fontes mais baratas e a necessidade de acionamento de termelétricas, que têm custo mais elevado. O órgão também destaca que a medida busca sinalizar ao consumidor a importância do uso consciente da energia elétrica neste período.
Com a previsão de manutenção da bandeira vermelha até o fim de 2025, a recomendação para os consumidores é adotar medidas de economia, como evitar o uso simultâneo de aparelhos de alto consumo e priorizar equipamentos mais eficientes. Pequenas mudanças de hábito, segundo especialistas, podem ajudar a reduzir o valor da fatura e minimizar o impacto do reajuste nas contas mensais.
Impacto financeiro nas famílias mais pobres
O reajuste nas contas de luz afeta principalmente as famílias de média e baixa renda, que já utilizam grande parte de seu orçamento familiar para pagar contas essenciais. O reajuste tarifário foi maior que a inflação apresentada no Brasil, o que também indica um impacto significativo na conta de luz dos consumidores.