Uma noite de consagração
A minissérie “Adolescência“, que se tornou fenômeno de audiência e crítica, confirmou seu favoritismo no Emmy 2025 ao conquistar seis prêmios entre as 13 categorias em que concorria. O destaque foi para Melhor Minissérie, além das vitórias em Direção, Roteiro e nas principais categorias de atuação. Stephen Graham, criador, produtor e protagonista da obra, levou o troféu de Melhor Ator, enquanto Owen Cooper e Erin Doherty foram premiados como coadjuvantes.
O fim da família Miller
Em entrevista concedida ao jornal britânico Daily Mail logo após a cerimônia, Graham, de 52 anos, colocou fim às especulações sobre a continuidade da trama. O artista afirmou que existem discussões sobre uma nova temporada, mas que ela não dará prosseguimento à história da família Miller, núcleo central da primeira parte. “Não veremos mais essa família. A jornada deles terminou. O que pretendemos manter é o formato e a maneira como contamos a história”, disse o ator, sugerindo que o conceito de narrativa em plano-sequência, marca registrada da minissérie, será preservado em novos projetos.
Ascensão meteórica de Owen Cooper
Um dos momentos mais comentados da noite foi a consagração de Owen Cooper, que viveu o jovem Jamie Miller. Sem experiência prévia como ator — ele sonhava em ser jogador de futebol —, Cooper surpreendeu pela maturidade artística e pela entrega em cenas de forte carga dramática.
A intensidade da trama fez com que a produção contratasse acompanhamento psicológico para o ator, mas, nos bastidores, ele demonstrou naturalidade ao lidar com a pressão. Ao vencer o Emmy, Cooper destacou o apoio recebido de Graham e da equipe criativa.
Temas atuais e impacto cultural
“Adolescência” conquistou o público ao abordar questões sensíveis como bullying, comunidades virtuais tóxicas e o universo “incel”, colocando em pauta debates urgentes sobre os desafios enfrentados por jovens no ambiente digital.
O êxito da série no Emmy 2025 consolida não apenas a relevância de sua narrativa, mas também a posição de Stephen Graham como uma das vozes criativas mais importantes da televisão contemporânea.