Nesta quarta-feira (22), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vai analisar o pedido de cassação do mandato do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido é de autoria do Partido dos Trabalhadores (PT), com justificativa de ataques verbais às instituições democráticas e tentativa de influenciar autoridades estrangeiras a aplicar sanções contra o Brasil.
Mudança para os Estados Unidos
Desde fevereiro de 2025, o deputado está morando nos Estados Unidos, tendo sua atuação parlamentar realizada por videoconferências. De março até julho, o deputado estava licenciado pela Câmara dos Deputados. Desde a ida para o país norte-americano, Eduardo Bolsonaro mantém contato com o presidente Donald Trump e aliados, sobre a situação do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, condenado pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal por Trama Golpista.
Parlamentares da base governista acusam o deputado de ter influenciado o governo americano a aplicar as sanções econômicas impostas às exportações brasileiras e a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Morais. Em depoimento, Eduardo Bolsonaro apoiou as medidas de Donald Trump em relação ao Brasil, atribuindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade pelas sanções aplicadas por Trump.
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Outros parlamentares no Conselho de Ética
Além de Eduardo Bolsonaro, o Conselho de Ética também vai analisar as denúncias do Partido Liberal (PL) contra Lindberg Farias (PT-RJ), por ofensas ao deputado Gustavo Gayer (PL-GO), André Janones (Avante-MG), por suposta rachadinha em seu gabinete, e Guilherme Boulos (PSOL-SP).
O PSOL também apresentou denúncias contra os deputados Sargento Fahur (PSD-PR) e Kim Kataguiri (União-SP). O partido aponta supostas incitações à violência e ataques a movimentos sociais durante votações em plenário.
O PT também moveu outras denúncias, além de Eduardo Bolsonaro, contra os parlamentares Gilvan da Federal (PL-ES) e Éder Mauro (PL-PA), alegando discursos ofensivos a adversários políticos e homofobia.

