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Bebidas adulteradas em São Paulo saiba como identificar e se proteger

Mais informações sobre o caso das bebidas adulteradas com metanol

O estado de São Paulo está em alerta com o aumento de casos de bebidas adulteradas que contêm metanol. Até agora, 15 casos foram confirmados, incluindo duas mortes, e dezenas estão sendo investigadas. Quem está consumindo essas bebidas? Onde elas estão sendo vendidas? Como o metanol chega às bebidas e por que o perigo ainda circula livremente? Especialistas alertam que a atenção do consumidor é essencial para evitar intoxicações graves.

Detalhes da investigação

Segundo a Polícia Civil e o Procon-SP, o metanol está sendo usado para aumentar o volume de bebidas falsificadas e reduzir custos de produção. Em alguns casos, a contaminação ocorre de forma acidental durante o envase ou na limpeza de garrafas com solventes inadequados.

As operações recentes já resultaram em mais de 40 prisões em todo o estado, mostrando que a prática envolve redes de distribuição organizadas, que abastecem bares, festas e comércios informais. Além disso, milhares de garrafas já foram apreendidas, evitando que mais consumidores fossem expostos ao risco.

O alerta é reforçado porque muitas dessas bebidas adulteradas têm aparência semelhante à original. Rótulos bem impressos e lacres aparentemente normais podem esconder o perigo do metanol, que é invisível e altamente tóxico.

Sintomas de intoxicação por metanol

Os efeitos da ingestão de metanol podem surgir entre 6 e 24 horas após o consumo e incluem:

  • Visão embaçada ou perda de visão;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Confusão mental, tontura e fraqueza;
  • Falta de ar e palpitações.

O tratamento médico exige atendimento imediato e pode envolver antídotos específicos e hemodiálise. Quanto antes iniciado, maiores as chances de recuperação.

O que está sendo investigado

A Polícia Civil segue linhas de investigação que incluem:

  • Uso deliberado de metanol industrial para baratear a produção;
  • Contaminação acidental durante o envase;
  • Relação com contrabando de combustíveis adulterados;
  • Distribuição descentralizada de bebidas falsificadas.

Mais de mil garrafas já foram apreendidas em operações conjuntas com o Procon-SP e a Vigilância Sanitária.

Bebidas adulteradas SP
Bebidas adulteradas SP: mulher da Vigilância Sanitária analisando garrafa de álcool adulterado (Foto: Reprodução/Governo do Estado de SP)

O que o consumidor pode fazer

Para se proteger:

  • Compre apenas em estabelecimentos licenciados;
  • Desconfie de preços muito baixos;
  • Guarde a nota fiscal;
  • Informe-se sobre marcas e lotes investigados pelo Procon- Sp.

Muito além do copo

O caso das bebidas “batizadas” mostra falhas na fiscalização, o risco do mercado paralelo e a falta de informação que ainda coloca vidas em risco. Enquanto as investigações avançam, a mensagem é clara: nenhuma economia vale a sua saúde.