A Operação Carbono Oculto, que investiga o uso de estabelecimentos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para lavagem de dinheiro, deflagrou três postos de gasolina licenciados pelo Corinthians para uso da marca, na Zona Leste de São Paulo. O clube não é citado na operação, mas os estabelecimentos estão sob investigação. Os dirigentes do Corinthians já estão acompanhando o caso e podem rever os contratos.
Detalhes da operação
A Operação é a maior já realizada contra a parte financeira do PCC e já revelou um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 8 bilhões por redes de postos de combustíveis e empresas de fachada. Os três postos licenciados são mantidos por empresários alvos da operação, como Mohamad Hussein Mourad e seus associados, Pedro Furtado Gouveia Neto e Himad Abdallah Mourad, que administram também outros estabelecimentos.
Esses postos, localizados na Zona Leste de São Paulo, são estabelecimentos de bandeira branca e estão registrados na Agência Nacional do Petróleo (ANP) com as razões sociais Auto Posto Mega Líder Ltda, Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda e Auto Posto Rivelino Ltda. Embora o Corinthians não tenha envolvimento direto na operação dos postos, a marca foi licenciada a uma empresa intermediária que negociou com os proprietários. O clube declarou que acompanha as investigações e poderá adotar medidas jurídicas caso sejam constatadas irregularidades nos contratos.
Investigação sobre Corinthians e PCC
Em outra operação, no mês de maio, a Polícia Civil de São Paulo investigou a relação do clube paulista com a facção criminosa. O Corinthians tinha fechado o maior contrato de patrocínio master de um clube brasileiro, com a “Vai de Bet”. Logo depois, foi constatado que uma parte da verba do novo patrocinador era repassada para a empresa UJ Football Talent Intermediação Ltda, considerada um braço financeiro do PCC. Após a investigação, o contrato foi suspenso.