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O que aconteceu com vôlei masculino? Ex-jogadores avaliam campanha ruim nas Filipinas

Pior campanha do Brasil no mundial de vôlei gera discussões sobre o futuro da equipe e do técnico Bernardinho

Depois da derrota no Mundial de vôlei masculino para a Sérvia, em 18 de setembro, por 3 a 0, a seleção brasileira sofreu com a pior campanha da história, finalizando o campeonato em 17º lugar.

O momento ruim abre discussão entre o público para questionar a permanência de Bernardinho à frente da equipe, a qualidade dos jogadores em quadra e as estratégias utilizadas, mas ex-jogadores da seleção defendem o treinador e os talentos do time.

Seleção tropeça e é eleminada na primeira fase do Mundial. (Foto: reprodução/Pinterest)
Seleção tropeça e é eliminada na primeira fase do Mundial. (Foto: reprodução/Pinterest)

Dante, campeão olímpico, afirma que a Seleção tem margem para crescer

Em entrevista ao Estadão, o ponteiro Dante tem um olhar empático ao analisar a situação atual do Brasil no mundial de vôlei. Após anos de dedicação, grandes resultados e também derrotas enquanto parte da equipe, Dante reconhece que não há problemas na atual geração e no técnico Bernardinho. Em sua opinião, faltam apenas alguns ajustes para diminuir os erros nesse processo de reformulação.

O ex-jogador já trabalhou ao lado de Bernardinho na conquista do ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004 e pratas em Pequim-2008 e Londres 2012. Por isso, reconhece que o problema da equipe não é falta de treino.

“A gente sabe toda a filosofia do Bernardinho. […] É tentar juntar os cacos ali, melhorar algum outro fundamento. O saque, por exemplo, que é o primeiro fundamento do voleibol, se você está sacando bem, não quer dizer que você vai ganhar, mas sua chance aumenta”.

Maior campeão da Superliga afirma que há uma solução para o vôlei masculino

Serginho Nogueira é o maior campeão da história da Superliga Masculina de Vôlei, com nove títulos conquistados. O líbero brilhou no Minas Tênis Clube e no Sada Cruzeiro, onde tornou-se uma lenda do clube mineiro.

Em entrevista exclusiva ao Esportelândia, Serginho diz que é preciso ter paciência com a nova geração porque eles precisam de tempo para amadurecer e se consolidarem. Os confrontos internacionais são essenciais para esse crescimento.

Bernardinho diz que é preciso ter paciência com o vôlei masculino. (Foto: reprodução/Pinterest)
Bernardinho diz que é preciso ter paciência com o vôlei masculino. (Foto: reprodução/Pinterest)

O próprio Bernardinho concorda com a fala do líbero ao dizer que o momento agora é de construção. Ao ge, o atual técnico da Seleção diz que a essência do seu trabalho é a mesma ao lidar com uma equipe mais jovem: disciplina e trabalho duro.

Mas Serginho tem uma aposta clara que pode ser a peça-chave para a Seleção Brasileira: Maicon França, 21 anos e 2,18m. Hoje, o ponteiro joga no Fenerbahçe, da Turquia, e ainda não foi cotado por Bernardinho.

“Eu acho que o tempo é importante. Temos material humano, sim, mas é preciso esperar, deixar os atletas amadurecerem. O Maicon vai crescer muito jogando ao lado do N’Gapeth. É um diamante que precisa ser lapidado”.

É preciso ter paciência

Apesar do tom de frustração que marca a campanha histórica, a Seleção Brasileira passa por um cenário inevitável de reconstrução. Como disseram os ex-jogadores, é preciso ter paciência e confiança nessa equipe que tem tudo para repetir os anos de glória do vôlei masculino.