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Nesta terça (23), em abertura da Assembleia Geral da ONU, Lula cita questões internacionais e relação entre Brasil e Estados Unidos

Lula abordou conflitos internacionais e questões internas em seu discurso

Nesta terça-feira (23), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, abriu o debate dos líderes da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O discurso foi pautado em temas como soberania nacional, sustentabilidade, direitos sociais, conflitos armados, cooperação internacional e criação do estado palestino. Além do mandatário brasileiro, o evento contou com a presença de 193 delegações dos estados-membros da ONU.

O que foi dito?

Um dos principais pontos abordados pelo presidente Lula foi a criação do estado palestino como forma de cessar o conflito entre Palestina e Israel, medida que está sendo discutida na ONU e já obteve apoio e reconhecimento formal de alguns países. “O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilamento do seu sonho de nação. Tanto Israel quanto a Palestina tem o direito de existir”, disse o mandatário, classificando a guerra como “extermínio do povo palestino”. Em outro momento, Lula também colocou o conflito como “limpeza étnica”.

Ainda no âmbito internacional, o mandatário também abordou sobre a cooperação de países no comércio internacional e incentivou a participação dos países do chamado “Sul Global” em eventos e temáticas globais. Lula também afirmou que a democracia está ameaçada no mundo, colocando “agentes anti-democráticos e autocráticos” como responsáveis.

Política interna e relação com Donald Trump

Lula também abordou aspectos da política interna do Brasil e afirmou que o país não terá sua soberania e democracia ameaçadas por interferência de outras nações, em uma indireta ao tarifaço e à relação entre Estados Unidos e Brasil. Lula também comentou sobre o julgamento da trama golpista, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus.

Apesar da tensão atual entre os presidentes Lula e Trump, os dois se encontraram no evento e tiveram uma interação rápida, com convite americano de uma reunião entre os dois, na Casa Branca. Em seu discurso, o presidente dos EUA afirmou que os dois presidentes possuem uma “química excelente” e que deve se encontrar com o governo brasileiro na próxima semana.