Quando a curiosidade gera um susto dentro de casa e vira alerta para pais de todo o Brasil. Em Criciúma (SC), o pequeno Francisco, de apenas 1 ano e 10 meses, na época, colou acidentalmente o próprio olho com uma cola Super Bonder em janeiro de 2024. Segundo a mãe, Jéssica Bez, ela se afastou por alguns minutos e encontrou o filho com o rosto, mãos, pernas e até os pés colados pelo produto.
Desesperada, Jéssica tentou tirar a cola usando água morna, porém não obteve resultado. Francisco precisou ser levado a um pronto-atendimento, onde os médicos conseguiram abrir seu olho com cuidado. Por sorte, a cola havia se espalhado apenas pela parte externa. No entanto, mesmo com o uso de pomadas e colírios, os resíduos levaram mais de uma semana para sair completamente.
Apesar do final feliz, a situação reforça o quanto um pequeno objeto pode se transformar em grande risco nas mãos de uma criança. A história de Francisco serve como lembrete: todo cuidado é pouco quando o assunto é prevenção dentro de casa.
Relato pessoal: o dia em que a cola Super Bonder atingiu meu olho
O acidente envolvendo cola Super Bonder e crianças ganhou destaque recentemente nas redes sociais. Mas o que poucos sabem é que esse tipo de situação também já aconteceu comigo — e é por isso que escrevo esta pauta. Sempre tive vontade de abordar o tema para alertar sobre os perigos desse produto, mas nunca encontrei o momento certo. Até agora.
Quando eu tinha cerca de 12 anos, fui ajudar meu pai a consertar um objeto em casa. A cola estava endurecida e não saía com facilidade. Na intenção de ajudar, tentei manusear a embalagem — foi quando a cola espirrou direto no meu olho esquerdo.
Na mesma hora, senti um ardor muito forte, seguido de uma queimação insuportável. Minha mãe e algumas vizinhas correram para me socorrer e me levaram imediatamente para a pia, tentando conter os danos com água corrente, com medo de que meu olho colasse.
Mesmo após várias lavagens, o desconforto persistia. Meu olho estava vermelho e bastante dolorido. Procurei um oftalmologista e, por sorte, a cola não alcançou as camadas mais internas do olho, mas provocou uma inflamação que exigiu aproximadamente um mês de tratamento com colírios.
Foi um grande susto — e desde então tenho receio de manusear esse tipo de cola. O episódio me deixou um trauma real e uma lição que carrego comigo: produtos como a Super Bonder, apesar de úteis, representam um risco sério se não forem usados com cuidado extremo.

Fica aqui o alerta: não subestime a potência de um simples tubo de cola.
Cuidados com produtos químicos
Episódios como estes reforçam a importância de manter produtos químicos e perigosos fora do campo de visão das crianças, preferencialmente em locais trancados ou altos. Também é essencial ensinar às crianças, conforme vão crescendo, o que é permitido e o que deve ser respeitado em relação ao toque.
Prevenção é o melhor caminho para evitar traumas que poderiam ser fatais.