A seleção brasileira masculina de vôlei venceu a Eslovênia por 3 sets a 1 na manhã deste domingo (3), em partida válida pela disputa do terceiro lugar da Liga das Nações 2025. Com parciais de 23/25, 25/20, 25/23 e 25/19, o Brasil garantiu o bronze em uma campanha marcada por transição geracional, liderança técnica e ajustes táticos.
Reação segura após primeiro set e domínio progressivo
O jogo começou com a Eslovênia levando a melhor em um set equilibrado, vencido por 25 a 23. A seleção brasileira, no entanto, se reorganizou taticamente e passou a controlar melhor os fundamentos, principalmente no bloqueio e no sistema defensivo. A partir do segundo set, o grupo brasileiro impôs um ritmo mais constante, anulando os principais atacantes rivais e virando a partida com autoridade.

Esta vitória marca o retorno do Brasil ao pódio da Liga das Nações após quatro anos — a última medalha havia sido o ouro em 2021. O resultado reforça a retomada do protagonismo da equipe, agora sob nova formação e com foco no ciclo olímpico de Los Angeles 2028.
Destaques da nova geração e análise da campanha
Com um elenco reformulado, o técnico Bernardinho apostou em jovens talentos como Lukas Bergmann, Judson e Arthur Bento, que corresponderam bem à pressão do torneio. O oposto Alan, em grande fase, voltou a liderar o time em pontuação. Já o experiente Lucarelli, um dos poucos remanescentes do ciclo anterior, manteve o equilíbrio emocional do grupo, sendo decisivo nos momentos de instabilidade.

Também se destacaram o líbero Maique, que comandou a linha de passe com consistência, e o central Flávio, responsável por importantes ações de bloqueio em sets decisivos.
Apesar da medalha de bronze, a campanha brasileira evidenciou pontos a serem ajustados: o time ainda sofre com oscilação no saque e apresenta falhas pontuais na recepção sob pressão. A derrota para a Polônia na semifinal foi um alerta para a necessidade de maior regularidade frente às seleções do topo do ranking.
No entanto, o saldo final é positivo. O Brasil fechou a Liga das Nações com uma campanha sólida, vitórias importantes — como sobre China e Cuba — e uma clara evolução coletiva. A seleção masculina retorna ao calendário com calendário intenso até o fim do ano, com amistosos, Pan-Americano e classificatórias, compromissos que servirão como novos testes para o grupo.
Ciclo olímpico em construção e legado técnico
A medalha de bronze é mais do que um resultado: simboliza a consolidação de um processo de transição técnica iniciado após Tóquio 2020 e acelerado com a campanha abaixo da expectativa em Paris 2024. Sob o comando de um dos técnicos mais vitoriosos do esporte, a seleção brasileira agora constrói uma base sólida para os próximos três anos.
Com a mescla de juventude, experiência e planejamento, o Brasil volta a se posicionar como candidato forte aos principais títulos internacionais — e reconquista, também, a confiança da torcida.