Em um mundo cada vez mais conectado, contar com a tecnologia que nos localiza com exatidão se tornou indispensável. Seja para encontrar o caminho mais rápido até um destino ou para rastrear uma encomenda, o GPS atua de forma discreta, porém fundamental, no nosso dia a dia. Esta matéria se aprofunda no funcionamento do Sistema de Posicionamento Global de um jeito simples, demonstrando como o sistema determina onde estamos.
O que é o GPS?
O GPS é um sistema que utiliza satélites para determinar a posição exata de um receptor na Terra. Ele foi criado originalmente para fins militares, mas com o tempo se popularizou em diversas áreas, facilitando desde a navegação em carros até a localização de celulares.

A ideia central por trás do GPS é bastante intuitiva: se sabemos a posição de vários pontos (os satélites), podemos calcular com precisão onde um ponto específico (o receptor) se encontra, ao utilizar os sinais enviados pelo espaço.
Imagine o céu repleto de satélites orbitando a Terra, cada um enviando sinais com informações sobre sua localização e o tempo exato em que o sinal foi emitido. Quando um dispositivo com GPS liga, ele busca esses sinais e se conecta, como se estivesse “conversando” com essas pequenas antenas espaciais.
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Para obter uma localização precisa, o receptor precisa captar sinais de, pelo menos, quatro satélites diferentes. Essa comunicação constante, o que permite ao sistema calcular a distância entre o receptor e os satélites, forma uma base para o próximo passo: a triangulação.
O coração do GPS
A triangulação do GPS é, na prática, um processo de trilateração: o receptor calcula a distância entre si e cada satélite com base no tempo que o sinal leva para chegar. Como cada satélite tem uma posição fixa conhecida no espaço, essas distâncias permitem ao receptor desenhar “esferas” em torno de cada satélite.
A intersecção dessas esferas revela a posição exata do receptor na superfície da Terra. Com sinais de apenas um satélite, a localização é indefinida. Com dois, o sistema ainda tem múltiplas possibilidades.

Mas ao receber sinais de três satélites, já é possível encontrar um ponto preciso em duas dimensões (latitude e longitude). O quarto satélite adiciona a terceira dimensão: a altitude, além de corrigir possíveis erros de tempo do relógio interno do receptor, que não é tão preciso quanto os relógios atômicos dos satélites.
O funcionamento do GPS depende de uma constelação de ao menos 24 satélites artificiais que orbitam a Terra. Eles emitem sinais constantemente, contendo a hora exata e sua posição no espaço. Quando um dispositivo com receptor GPS, como um smartphone, tenta descobrir sua localização, ele capta esses sinais.
Parceiro do dia a dia
Em resumo, o GPS “sabe” onde a pessoa está porque mede distâncias em relação a satélites com posições conhecidas. O cruzamento dessas informações permite localizar qualquer ponto do planeta com uma margem mínima de erro, tudo isso em questão de segundos.
Mais do que uma ferramenta de localização, o GPS se tornou parte invisível e essencial da infraestrutura moderna. Ele está presente em sistemas de navegação veicular, aplicativos de transporte, entregas, agricultura de precisão, operações de resgate e até no funcionamento de redes bancárias e de telecomunicações, que dependem da sincronização de tempo exata fornecida pelos satélites.
Observe ao seu redor: o mapa no seu celular, o pedido que chega à sua porta, o rastreamento de uma encomenda ou a rota sugerida no trânsito, tudo isso só é possível graças ao funcionamento contínuo e preciso do GPS.