Press ESC to close

Aos 45 anos, Venus Williams retorna ao WTA 500 de Washington após 16 meses fora

Ex-número 1 do mundo, Venus Williams aceitou convite para competir no torneio preparatório para o US Open, priorizando diversão em seu possível “último baile”

Aos 45 anos, a lendária tenista americana Venus Williams faz seu aguardado retorno ao circuito profissional na disputa do WTA 500 de Washington, nos Estados Unidos, após mais de um ano sem jogar partidas oficiais. Após cirurgia para remoção de miomas e convivência com uma condição autoimune, a campeã de sete Grand Slams foca, agora, em aproveitar cada momento em quadra.

O retorno de uma lenda: emoção, estratégia e simbolismo

Venus não competia desde março de 2024, quando participou do WTA 1000 de Miami, e não vencia uma partida desde o Cincinnati Open, em agosto de 2023. Seu retorno foi viabilizado por um wildcard concedido pelo torneio de Washington, uma das principais etapas preparatórias para o US Open. Aos 45 anos, ela escolheu competir em um local com forte vínculo emocional, já que jogou na capital americana ainda na adolescência.

Aos 45 anos, Venus Williams retorna ao WTA 500 de Washington após 16 meses fora
Venus Williams durante partida no WTA de Washington. (Foto: reprodução/Instagram/@wta)

Com uma abordagem diferente desta vez, Venus declarou que seu foco é se divertir e respeitar seus próprios limites, sem impor metas rígidas. A escolha de Washington também marca uma reaproximação com o circuito em um ambiente no qual a tenista se sente acolhida. A estreia nas duplas ao lado de Hailey Baptiste contra Eugenie Bouchard e Clervie Ngounoue acontece nesta segunda-feira (21), seguida por confronto nas simples, contra Peyton Stearns (#35 do ranking), na terça (22).

Desafios superados e legado em construção

Além da idade e da pausa de 16 meses, Venus enfrentou barreiras significativas fora das quadras. Desde 2011, convive com a síndrome de Sjögren — doença autoimune que afeta articulações e causa fadiga crônica. Em 2024, precisou passar por cirurgia para retirada de miomas, o que a impediu de disputar o US Open daquele ano e a afastou de toda a temporada. Segundo a própria tenista, o foco durante esse período foi apenas recuperar a saúde e o equilíbrio físico e mental.

Venus ao lado da irmã Serena Williams, na juventude. (Foto: reprodução/Instagram/@venuswilliams)

A volta ao circuito, portanto, é mais do que uma competição — representa a continuidade de um legado. Mesmo recusando convites recentes para o Indian Wells, Venus disse se sentir emocionalmente conectada ao torneio em Washington. A organização celebrou seu retorno como um presente aos fãs: “Ela inspirou pessoas de todo o mundo… significa muito para todos nós”, afirmou Mark Ein, presidente do evento.

O reencontro de Venus Williams com as quadras traz consigo uma narrativa de superação, amor pelo esporte e aceitação de novas fases da carreira. Mesmo que o WTA 500 de Washington represente seu “último baile”, a veterana entra em quadra com o mesmo espírito combativo e carismático de sempre. Com isso, fortalece ainda mais sua presença como ícone global — não apenas do tênis, mas do esporte feminino em geral.