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Lula endurece discurso contra ameaças dos EUA

Após ameaças de tarifas, Lula responde com firmeza a Trump, fala em retaliação e pode acionar OMC para proteger interesses do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “inaceitável” a postura do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às ameaças de sobretaxas a produtos brasileiros. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Lula afirmou que o Brasil não aceitará nenhum tipo de intromissão e que está pronto para recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso medidas tarifárias sejam de fato implementadas.

“É inaceitável que o presidente Trump manda uma carta, sabe, pelo site dele, sabe, e começa dizendo que é preciso, sabe, acabar com a caça às bruxas. Isso é inadmissível. Primeiro, porque isso aqui tem Justiça e a gente está fazendo um processo com direito à presunção de inocência de quem é vítima. Se quem é vítima e cometeu um erro, vai ser punido. Aqui no Brasil é punido.”

Trump relaciona atitudes devido ações contra Jair Bolsonaro

O presidente do Brasil contou que essa vinculação do aumento nos impostos a questões judiciais internas no país. Trump mencionou que as medidas já mencionadas estão ligadas a tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e Lula disse que é algo que “um ser humano e um governo não podem admitir.”

Após ameaças de tarifas, Lula responde com firmeza a Trump, fala em retaliação e pode acionar OMC para proteger interesses do Brasil
Brasil soberano (Imagem: Reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Lula não irá perder a calma

Sobre o tema da entrevista, Lula citou que não irá perder a calma, mas que o país está disposto a aplicar contramedidas previstas na intitulada Lei de Reciprocidade.

Sancionada em abril pelo próprio Lula, a lei permite que o governo brasileiro adote medidas de retaliação contra países ou blocos econômicos que apliquem barreiras comerciais, legais ou políticas contra o Brasil.

Em relação aos empresários, Lula informou que irá se reunir com aqueles que atuam em exportações para os EUA para conversar sobre o anúncio e esperar que eles estejam aliados ao governo brasileiro. E pontuou que irá procurar novos mercados para os produtos brasileiros.