A saúde pública brasileira dará um importante passo na ampliação do acesso aos métodos contraceptivos. A partir do segundo semestre deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente o Implanon, um implante hormonal de longa duração. A informação foi confirmada por Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais.
“Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas para, já no segundo semestre deste ano, começar a utilizar no SUS”.
Atualmente disponível apenas na rede privada, o implante custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Com a iniciativa, o governo federal pretende distribuir cerca de 1,8 milhão de unidades por meio do SUS. O objetivo é ampliar as opções de planejamento familiar, principalmente entre mulheres em situação de vulnerabilidade.
Confira mais detalhes
A incorporação do implante contraceptivo Implanon ao SUS será oficializada em uma portaria que será publicada nos próximos dias pelo Ministério da Saúde. A partir dessa publicação, o governo terá o prazo de 180 dias para viabilizar a oferta do método na rede pública. Esse processo envolve diversas etapas, como a atualização das diretrizes clínicas, a aquisição e distribuição dos dispositivos e a capacitação dos profissionais de saúde responsáveis pela aplicação.
Conheça mais sobre o Implanon
O Implanon é um pequeno bastão de plástico, com 4 centímetros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro, inserido sob a pele do braço. Ele contém 68 mg de etonogestrel, substância que age de forma contínua na corrente sanguínea, impedindo a liberação de óvulos e dificultando a entrada dos espermatozoides no útero.
Além da alta eficácia, o Implanon proporciona mais autonomia às mulheres sobre seu próprio corpo, contribuindo para evitar gestações não planejadas e promovendo o direito ao planejamento familiar. A iniciativa deve beneficiar, principalmente, mulheres em situação de vulnerabilidade social e aquelas que enfrentam dificuldades de acesso a outros métodos contraceptivos.