Os “pancadões” agora são alvos de investigação. O aumento nas denúncias por perturbação do sossego chamou a atenção dos vereadores, que agora buscam os responsáveis pelos eventos e cobram mais fiscalização do poder público.
De janeiro a março deste ano, quase 11 mil reclamações foram registradas pelo canal 156 da Prefeitura. A Polícia Militar também recebeu, em apenas quatro meses, cerca de 300 mil chamados relacionados a barulho e desordem causados por festas em ruas e avenidas.
Moradores de bairros como Capão Redondo, Brasilândia e São Miguel Paulista dizem que enfrentam noites em claro e falta de resposta das autoridades.
Um dos eventos que tem causado grande revolta nos moradores de Zona Norte é o “mandelão da esquina maldita”. Segundo os moradores, a festa causa grande transtorno na região, como desvio das rotas de ônibus e obstrução de garagens.
Sobre a CPI do Pancadões
A Comissão foi criada para apurar a organização desses eventos. O foco está em produtores, donos de bares, artistas, bem como a omissão dos órgãos públicos.
O presidente da comissão, vereador Rubinho Nunes (União Brasil), afirma que a fiscalização atual é fraca. Para ele, é necessário que as medidas sejam mais firmes, como apreender equipamentos e fechar estabelecimentos não autorizados.
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Diante da explosão de denúncias, a prefeitura prometeu reforçar a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nos locais com mais reclamações.
CPI também busca soluções para unir cultura e ordem pública

Além de identificar e punir os responsáveis pelos eventos, a CPI busca soluções para realização de eventos que respeitem o direito ao lazer sem prejudicar o sossego da vizinhança.
Enquanto isso, os moradores continuam sofrendo com os “pancadões”. Famílias relatam barulho até de madrugada, crianças com dificuldade para dormir e idosos adoecendo. A população cobra uma solução definitiva.